A empresa para conseguir capitalização, ou seja, rentabilidade,
crescimento com os próprios recursos, e sanidade, necessita antes vender.
Se não existir “a quem vender” (clientes, consumidores, procura),
impossível é que se concretizem as recuperações dos custos.
Lógico que as pessoas não são necessariamente o foco do estudo
contábil - apesar de que as relações entre a psicologia destas, e o uso
estratégico da comercialização estejam atreladas - mas, sim como a venda sucede em determinado
instante ou exercício.
Desse modo, o estudo de contabilidade está centrado
nas vendas como foco principal, no entanto, as avaliações de pessoas também
devem existir.
Consideramos a mesma como os “pedidos” que a empresa possui ou atende,
e que se transformam em vendas à vista ou à prazo.
Em termos gerenciais isso é chamado de demanda (que provém da palavra
italiana “domanda” que quer dizer “pedir”).
Então, a demanda é o nível de pedidos que se transformam em vendas na
empresa, e em capital realizado.
Dentro da teoria houve algumas classificações de demanda, no entanto,
resolvemos fazer uma classificação própria (que se encontra em nosso livro
“Contabilidade Estratégica” editado pela Juruá).
A classificação é simples: que a demanda pode ser efetiva ou não.
A demanda efetiva é aquela que realmente faz acontecer as receitas na
empresa, ou seja, as pessoas que entram e que compram.
Dessa maneira, efetivamente, conseguimos ter um proveito dessa
demanda, e ela permite com que aja um percentual de avaliação.
Este percentual segundo nosso pensamento, é uma medida a ser padronizada,
de modo a regular os pontos de sazonalidade, isto é, estação ou período que se
deve comprar mais ou menos, porque os estoques deverão ser movimentados a ponto
de atingir os pedidos satisfazendo-os.
A demanda mercadológica não necessariamente será efetiva porque
existirão pessoas que entrarão na empresa e não consumirão os estoques.
O que fazer para que a demanda mercadológica, consiga se tornar
efetiva, é um leque de opções a ser estudado pelo marketing, e pela
contabilidade estratégica, todavia, num primeiro momento ela observa a demanda
efetiva.
A demanda efetiva conseguindo uma sazonalidade que seja maior que o
nível de compras exige maiores volumes estocados.
É o mesmo caso: se mais pessoas procuram os produtos, devemos comprar
mais para satisfazer às solicitações.
Isso faz o controle de estoque ser realmente gerencial, isto é,
consiga atender aos pedidos dos clientes, e não ficar empatado.
Desse modo, os cálculos de demanda efetiva, são simples e permitem que
tomemos decisões, como comprar adequadamente, tal como segue a tabela de nossa
obra:
Tabela de demanda efetiva
Mês
|
Sazonalidade
|
Compras
|
Quantia a alterar
|
Novas compras
|
Janeiro
|
0,96
|
10.000,00
|
- 400,00
|
9.600,00
|
Fevereiro
|
0,44
|
7.000,00
|
Manter
|
Manter
|
Março
|
0,80
|
12.000,00
|
Manter
|
Manter
|
Verificando
que a sazonalidade é relevante ou não nos períodos analisados podemos verificar
se devemos ou não, manter o nível de compras ou alterá-lo conforme esta
relevância.
Entendemos
que quando a empresa avalia o seu nível de compras pela estocagem consegue
regular adequadamente tais investimentos conforme os pedidos, o que facilita e
muito, as decisões.
Acertando no nível patrimonial de compras, e controle
estratégico de demanda, poderá ela investir em propagandas ou ainda, em
fidelização de clientes, de modo que consiga transformar a demanda comum em
efetiva.
Logo, o principal objetivo das empresas neste campo
estratégico, é transformar a demanda mercadológica em efetiva no seu maior grau
possível facilitando assim a saída de produtos, o giro, e a rentabilidade
obtida pelas vendas empresariais.
Para tal a regulação de controle e gestão, pelas
técnicas patrimoniais de compras e estocagem conforme a demanda analisada,
constitui, o sinal importante para a verificação da efetividade dos pedidos e
dos clientes, e automaticamente, melhoria no processo desse fenômeno em
questão.
por - Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva
Membro da escola do NeopatrimonialismoGanhador do prêmio Rogério Fernandes Ferreira (2011)
Docente da Faculdade Integrada de Caratinga
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